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sábado, 13 de março de 2010

1o e 2o Período-Aulas dos dias 11 e 12 de Março de 2010

Olá, gente!
Bem! Vamos relembrar as aulas de quinta e sexta, onde iniciamos a introdução a Teoria Musical!

PROPRIEDADES DO SOM



Um som apresenta as seguintes propriedades: altura, intensidade, duração e timbre.
Altura

No que respeita à sua altura, os sons podem ser classificados em sons agudos e sons graves.



Som Grave



Som Agudo



Os sons graves, também chamados baixos, são sons com maior comprimento de onda (pequena frequência).
Os sons agudos, ou altos, tem um menor comprimento de onda (maior frequência).

Intensidade

Em termos de intensidade, os sons podem ser fortes ou fracos.

A intensidade de uma onda sonora depende da amplitude dessa onda. Um som com uma maior amplitude é um som forte, enquanto que um som com uma pequena amplitude é um som fraco.

Os sons fortes transportam uma maior quantidade de energia que os fracos.

Uma onda sonora perde intensidade no decurso da sua propagação.

A capacidade que o ouvido humano tem de sentir um som depende da intensidade do som mas também da sua frequência. Os sons muito fracos não são sentidos e os sons muito fortes podem provocar lesões.

O nível sonoro é uma escala que relaciona a intensidade de um determinado som com a do som mais fraco que conseguimos ouvir, e pode ser medido com um sonómetro.

A unidade S.I. do nível sonoro é o bel, B, embora normalmente seja utilizado o decibel, dB, que é igual a 0,1 B.
O nível sonoro de 1dB é a medida correspondente ao limiar da audição, nível abaixo do qual o ouvido humano não detecta som. O nível de 120 dB corresponde ao limiar da dor, o nível máximo suportável pelo ouvido humano. O nível do limiar da audição e do limiar da dor depende da frequência da onda sonora.


Duração

Representa simplesmente o tempo que o som dura.

Timbre

É esta propriedade do som que nos permite distinguir uma fonte sonora de outra, apesar de estarem a produzir sons com a mesma frequência.

O timbre de uma fonte sonora é representado por uma onda complexa, que é a soma de uma onda fundamental (som puro, ou simples, como o produzido por um diapasão) e sons harmónicos.

Cada fonte sonora produz uma onda sonora complexa diferente (a produzida por uma viola é diferente da produzida por uma flauta).


NOTA E PENTAGRAMA


NOTAS - PENTAGRAMA - CLAVES

O som musical é representado no papel por um sinal que chamamos de nota. As figuras das notas variam de acordo com a duração do som, como veremos adiante em figuras rítmicas.

As notas são escritas no pentagrama, que é um conjunto de 5 linhas horizontais e 4 espaços. A posição das notas no pentagrama indica a altura do som, sendo mais grave nas linhas de baixo e mais agudo nas de cima. Quando há notas mais graves ou agudas do que as escritas no pentagrama, usamos linhas suplementares.

Ao escrever as notas no pentagrama devemos observar o seguinte padrão:

Notas acima da terceira linha, devem ser escritas com a haste para baixo, e abaixo da terceira linha com a haste para cima.



As claves são sinais que vem no começo do pentagrama, dando a referência de altura das notas. As principais claves são a de Sol e a de Fá. Observe os exemplos para uma melhor assimilação

Armação de Clave



Na música tonal, indicamos os acidentes da escala maior que origina o tom na clave. Isso significa que as notas indicadas na clave com sustenidos ou bemóis terão os acidentes fixos, não necessitando escrevê-los cada vez que essas notas aparecem. A indicação desses acidentes segue a ordem dos ciclos tonais, e a escrita na clave deve seguir rigorosamente a estética.


CLAVES


As claves servem para indicar ao músico como ler o pentagrama. Como a notação musical é relativa, cada nota pode ocupar qualquer linha ou espaço na pauta. A clave indica qual a posição de uma das notas e todas as demais são lidas em referência a essa nota. Cada tipo de clave define uma nota diferente de referência. Dessa maneira, a "chave" usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai dizer como as notas devem ser lidas. Daí vem o termo "clave", derivado do latim "clavis", que significa "chave". A figura acima mostra as claves mais freqüentes e as notas que elas definem. A nota destacada ao final de cada pauta é a nota de referência.
De maneira geral, a clave serve para dar nome e altura a nota.
Linhas e espaços suplementares

As várias claves existem para permitir a escrita para instrumentos musicais ou vozes, que possuem tessituras diferentes, ou seja, alguns são muito mais graves ou agudos do que os outros. Quando se utilizam apenas as cinco linhas e quatro espaços da pauta, só é possível representar nove notas musicais, mas a maior parte dos instrumentos possui uma extensão muito maior, exigindo a utilização de linhas e espaços suplementares acima ou abaixo da pauta. O uso de até três linhas suplementares acima ou abaixo é praticamente inevitável na maior parte das composições, mas se usarmos muitas linhas suplementares a leitura se torna muito difícil. Ao utilizar claves diferentes podemos fazer com que a maior parte das notas utilizadas pelo instrumento estejam representadas dentro da pauta e que o mínimo de linhas suplementares sejam utilizadas.

Embora já tenham existido muitas claves, só três continuam sendo usadas na notação musical moderna: a clave de sol, a de fá e a de do. O desenho das claves sofreu diversas alterações desde sua criação. Em sua forma moderna, uma clave de sol se assemelha a uma letra "S" maiúscula em sua forma cursiva. A de fá se assemelha a um "F" e a de Do parece um "B" Maiúsculo ou dois "Cs" invertidos, um sobre o outro. A linha indicada pela clave recebe o nome da clave, ou seja, a clave de Sol, define o Sol da oitava 3 (acima do Do central do piano). A clave de fá define que a linha por ela indicada representará o Fá da oitava 2 e a de do indica o Do-3 (o do central do piano).



* Clave de Sol, geralmente escrita na segunda linha do pentagrama.

A Clave de sol juntamente com a clave de fá na quarta linha é a mais utilizada na música atual. Com a posição mostrada na figura, a nota Sol-3 ocupa a segunda linha de baixo para cima, indicada pelo início do desenho (ponta da linha curva). Em algumas partituras antigas ou para fins de estudo, principalmente na França, esta clave também pode ocupar a primeira linha, permitindo representar uma tessitura ligeiramente mais aguda.

Quando esta clave está na segunda linha, o dó central do piano ocupará a primeira linha suplementar inferior. Por esta razão, esta clave é utilizada para representar a mão direita em instrumentos de teclado. Utilizam esta clave, a maior parte dos instrumentos de madeira(flautas, clarinete, oboé), os metais mais agudos (trompete, trompa, flugelhorn), bem como o violino, o violão e alguns instrumentos de percussão obedientes à série harmônica. As vozes mais agudas (Soprano e Contralto e tenor) também são normalmente escritas em clave de sol.



Cada uma das claves pode, teoricamente, ocupar qualquer linha na pauta, mas como apenas algumas possibilitam os melhores resultados, na prática as posições utilizadas são aquelas mostradas na figura abaixo.



* Clave de Fá, podendo ser escrita na terceira ou quarta linha do pentagrama.

Nesta clave, a linha de referência é indicada pelos dois pontos e assume a nota Fá-2. A posição mais frequente é a quarta linha. Com esta configuração, a nota Dó-3 do central do piano ocupa a primeira linha suplementar superior. Por esta razão, costuma-se dizer que a clave de sol começa onde a de fá termina.

Esta clave é utilizada na escrita da mão esquerda dos instrumentos de teclado, instrumentos de registro grave, como o violoncelo, o contrabaixo, o fagote , o trombone e o eufônio em Dó bem como as vozes mais graves (barítono e baixo).

Também é possivel escrever a clave de fá na terceira linha, possibilitando um registro ligeiramente mais agudo. No passado a clave nessa posição mais aguda era utilizada para o barítono, mas seu uso na música atual é raro.



* Clave de Dó, podendo ser escrita na primeira, ou segunda ou terceira linha do pentagrama

A nota Dó-3 é indicada pelo centro da figura (o encontro entre os dois Cs invertidos). Originalmente a clave de dó foi criada para representar as vozes humanas. Cada voz era escrita com a clave de dó em uma das linhas. O alto era representado com a clave na terceira linha, o tenor na quarta linha e o mezzo-soprano era representado com a clave de Dó na segunda linha. Este uso se tornou cada vez menos frequente e esta clave foi substituída pelas de sol para as vozes mais agudas e a de fá para as mais graves. Hoje em dia, a posição mais frequente é a mostrada na figura, com o dó na terceira linha, representando uma tessitura média, exatamente entre as de sol e fá. Um dos únicos instrumentos a utilizar esta clave na sua escrita normal é a viola. Esta clave também pode aparecer ocasionalmente em passagens mais agudas do trombone. Seu uso vocal ainda é utilizado quando são utilizadas partituras antigas.

3 comentários:

  1. Muito interessante..
    Não sabia a história das claves. Só não gostei das regras que inventaram para as cifras. o DÓ deveria ser "A" e não "C"... Protesto!! rsrsrs
    Muito legal mesmo parabéns pelo conteúdo e por facilitar a vida de seus alunos com as postagens.

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  2. Explicações muito boas!

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